Semana passada tive uma conversa amigável com um médico psiquiatra, nada que o encontro pudesse me assustar. Durante a conversa, me perguntou por que eu corria, naquele momento veio inúmeras respostas, todas, quase todas, muito bem argumentadas e experimentadas. Mas fui direto, já que não estava em consulta e não queria servir como exemplo para os pacientes do médico. Falei o óbvio, me sinto bem e me faz bem.
Depois do encontro, lembrei de Haruki Murakami, escritor que largou o jazz para se dedicar à literatura. Junto da escrita, veio a corrida e o livro “Do que falo quando falo de corrida.” Murakami fez muito sucesso com esse livro, começo dos anos 1980, na obra, Haruki fica à vontade para informar que a corrida lhe fazia levantar da cama todos os dias. Só isso seria um bom motivo para correr, acrescentou ainda outros motivos para se movimentar, principalmente o prazer que lhe dava em “girar” grandes distâncias.
No fundo, quando essas rotinas já estão incorporadas, não raciocinamos para responder o por quê. Acontece e pronto! Analogia disso é perguntar por que escovamos os dentes todos os dias? Não é necessário perguntar, já faz parte da vida.
A corrida apenas é uma atividade da semana, isso não impede de incorporarmos outras e mais outras, e nem sempre precisam ser esportivas; artísticas, espirituais, familiares, amorosas, intelectuais…. todas ajudam a explicar as razões para levantamos da cama todos os dias. O difícil é a rotina.
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