Lembro muito bem que tempos atrás o ácido láctico servia de desculpas para tudo, quando o assunto era esportes. O mais corriqueiro era achar que as câimbras eram decorrentes do excesso do ácido láctico. Parênteses: não que não seja, só que existem outras causa também. Escutei muito; como banana para ajudar a não aparecer o ácido láctico. Tem muito potássio, diziam os “estudiosos”. Sigamos!
Lactato é um produto fisiológico produzido pelos músculos, produto este que serve como energia. A energia para praticarmos um esporte, seja ele qual for (uma corrida de 100 metros representa bem o que quero explicar), depende do uso da glicose, que pode se transformar em lactato, sem uso de oxigênio. Também chamamos de fonte de energia, o corpo precisa buscar energia para não entrar em exaustão. Portanto, o lactato também pode aparecer em maratonistas, mesmo que esta atividade seja considerada como aeróbia (com oxigênio).
Sabe-se agora que uma bactéria do gênero Veillonella, presente em nosso intestino, metaboliza o ácido láctico como nenhuma outra. A Veillonella metaboliza o ácido láctico em propionato, no intestino, e na circulação pode servir de fonte de energia novamente para músculos e coração.
Sorte dos atletas de fundo que apresentam grandes concentrações desta bactéria. Mais uma explicação para entendermos que, os microbiomas devem ser muito bem atendidos. Cuidar do intestino é cuidar da saúde.
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