
Atualmente, as propriedades das substâncias psicodélicas já são conhecidas e relativamente bem estudadas em pesquisas clínicas. Entre elas, a ayahuasca se destaca como a que apresenta os melhores resultados em termos quanti/qualitativos. Entre outros benefícios, esse chá combate à epidemia silenciosa da depressão e outros transtornos, como o borderline — um distúrbio de personalidade caracterizado por instabilidade emocional, hipersensibilidade nas relações interpessoais e autoimagem fragilizada.
O número de pessoas com depressão no Brasil é alarmante. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimava que mais de 300 milhões de pessoas no mundo viviam com esse transtorno.
A ayahuasca, chá psicoativo resultante da infusão das plantas jurema e chacrona (imagem desta postagem), tem sido utilizada há milênios em rituais sagrados na região amazônica. Com o tempo, essas práticas se espalharam por todo o país, contribuindo para desmistificar — mas não eliminar — seus efeitos psicodélicos.
A dimetiltriptamina (DMT) é a molécula responsável pelo efeito psicoativo no corpo humano. Curiosamente, ela também é produzida naturalmente pelo cérebro, liberada pela glândula pineal.
Com apenas uma ou duas doses pequenas do chá, durante um ritual sagrado, com apenas 45 minutos após a ingestão do ayahuasca, o cérebro começa a modificar seu funcionamento. O ritual para vivenciar o efeito psicodélico dura, em geral, quatro horas — desde a chegada até o “retorno” à consciência habitual. Entre as sensações relatadas estão:
- Alucinações visuais;
- Sensação de desprendimento do corpo;
- Náuseas, vômitos ou diarreia (efeitos colaterais comuns);
- Percepção de cores intensas;
- Alívio mental profundo.
Para quem se interessar pelo tema, o livro “DMT: A Molécula do Espírito” explora seu potencial clínico e sua relação com experiências de expansão da consciência, sonhos e até vivências de quase morte.
E aí, você teria coragem de experimentar a ayahuasca? Eu tive.
Deixe um comentário