
Não vejo sentido em retardar a morte por três ou quatro anos. A biologia humana, como a de qualquer animal, já demonstrou que temos um tempo de vida útil. Podemos atrasar ou adiantar esse ciclo em uma margem pequena por meio de práticas saudáveis — ou hedonistas, já que hedonismo não necessariamente exclui saúde. Mesmo assim, a ciência busca incansavelmente uma “fórmula mágica”, um produto que mantenha a população eternamente jovem. Oxalá, para quem quiser.
Virou clichê essa expressão “virar a chave”. Escuto e leio constantemente que ela seria a solução para todos os problemas da vida. Foi assim que lembrei do livro Vire a Chave (já comentado aqui), de James Clement. O autor discute a importância de ativar a enzima AMPK (abreviação de *5′ monofosfato-adenosina proteína quinase ativada*), também conhecida como a “enzima antienvelhecimento natural” do corpo.
O que ela faz?
A AMPK sinaliza para que as células removam poluentes internos por meio da autofagia. Com isso, as células passariam a funcionar de maneira “mais jovem”, como evidenciado pela redução de gordura abdominal em pessoas que usam compostos ativadores da AMPK. Um exemplo é o popular medicamento para diabetes, a metformina: ele reduz a produção de ATP nas mitocôndrias, estimulando a atividade da AMPK e aumentando a sensibilidade à insulina. Além disso, a AMPK pode ativar nossos “genes antioxidantes”, responsáveis pela produção natural de antioxidantes.
Mesmo sem mudanças radicais, as regras básicas para manter a homeostase corporal continuam válidas para estimular a AMPK: exercícios físicos, dieta rica em fibras e leguminosas, chá-verde e cúrcuma são essenciais para manter o equilíbrio do corpo e para deixar a chave onde está.
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