Quem diria que um dia a prática da atividade física regular fosse recomendada como “remédio.” Pois é, mais do que isso, um agente preventivo contra doenças. Secretoma é um conjunto de substâncias produzidas pelos músculos quando exercitados (veja a imagem da postagem). Na semana passada, os principais jornais do país publicaram matérias sobre este tema;
(…)Essa fábrica funciona movida pela contração muscular feita toda vez que os músculos são exercitados. Ela produz substâncias chamadas coletivamente de miocinas. Elas fazem a comunicação dos músculos com outros órgãos, como sistema imunológico, cérebro, fígado, pâncreas, ossos, intestinos, pele, tecido adiposo (gordura) e vasos sanguíneos. Também são fundamentais para a hipertrofia, regeneração e funcionamento dos próprios músculos.
Não à toa, cientistas recomendam exercícios para pessoas com câncer, diabetes e doenças neurodegenerativas.
Combinados, os cerca de 700 músculos esqueléticos (o número varia entre 650 e 840, não há consenso na literatura científica) são o maior órgão endócrino do corpo, afirma o especialista em medicina do esporte Claudio Gil Araújo, diretor da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex)(…)”. (FSP)
Tampouco sei se as pessoas que frequentam academias ou outros espaços apropriados, sabem desses benefícios, menos mau, pelo menos estão se mexendo. O que importa nesse modismo da atividade física é a revolução que a área sofreu nestes últimos 40 anos. Entendida como esporte de rendimento e preparação para guerra (exército), passando pelos conceitos de expressão cultural, como a liberação do corpo. Circulou por um tempo (ainda hoje é comum escutar esse conceito) como prevenção da obesidade e estética, agora, a arte da prevenção e tratamento de doenças.
Para esses conceitos não se perderem, já que as pesquisas científicas sustentam as recomendações, será necessário sistematizá-las, como: quais os melhores exercícios, pernas ou braços? Quanto tempo? Com ou sem carga? Todos os dias? E por fim, qual intensidade. Enfim, se os médicos recomendam remédios baseados em ciência e os pacientes seguem orientações da dosagem, as recomendações dos exercícos físicos devem seguir um protocolo específico.
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