Não sei se os olhos são sensores da alma, mas são sensores da vida, apesar de milhões de pessoas não enxergarem. Revisando a história natural da visão (O olho, Simon Ings, Larousse), encontro uma passagem interessante sobre este sensor séc. IV d. C. “Teão de Alexandria, leva em conta o formato e o movimento dos olhos. A orelha, por ex., é moldada de modo a receber o ar que transmite sons, são dispositivos coletores de sons. Os olhos são esféricos e se movem, não são coletores passivos, mas buscadores.” Passamos um tempo na história acreditando que os objetos não emitiam luz, os olhos é que “buscavam” as luzes. Para os antigos filósofos gregos da Escola Atomista, a visão era a capacidade do olho em enxergar objetos.
Na era da tecnologia, sofremos em decifrar fisionomias, olhamos e não percebemos (nem mesmo as telas dos celulares), muito comum no dia a dia. Aproximar os séculos pela história ajuda algo, mas não resolve. Nossa “deficiência” da percepção visual com a teoria da “Eidola” dos gregos, que consideravam que a visão ocorre em consequência de um contato físico real; ajuda a compreender nossa atual dificuldade de percepção, quem sabe, pela “falta” do contato físico. Olhar para o rosto das pessoas para muitos é perda de tempo, para alguns, provocativo, para a minoria, perceber.
Raios visuais ou extramissão, como pensou Platão, reconhece e enxerga através dos arquétipos metafísicos, uma filosofia que nos ajuda “perder” mais tempo para olhar, porque assim, a radiação afeta tudo, o tempo todo, algo como transmissão de energia.
Clichê que ajuda a responder a filosofia da visão, olho no olho, não custa, só ajuda.
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