Já imaginou não escutar, não enxergar e não falar? Mesmo que a maioria dos casos não apresentem problemas de linguagem, a deficiência apresenta estas características: não enxergar (retinose pigmentar, a pessoa perde a visão periférica, inicialmente) e não ouvir. A principal causadora da surdocegueira é a Síndrome de Usher (SU) – uma doença autossômica e recessiva, apenas com diagnóstico clínico. Um teste genético também é possível, tem por finalidade sequenciar os genes da síndrome, ou também, um diagnóstico molecular do USH (usa-se técnica de microarray, ou sequenciamento de nova geração), que servem apenas para complementar o diagnóstico clínico. Como a doença não apresenta cura, os procedimentos terapêuticos minimizam os sintomas: acompanhamento oftalmológico e audiológico para uma adequada correção óptica/auditiva e tratamento das complicações quando for o caso. A surdocegueira é uma condição de deficiência única, que compromete total ou parcialmente os sentidos da visão e da audição.
A Síndrome de Usher apresenta 3 tipos: 1) o indivíduo nasce quase totalmente surdo e, ainda pequeno, perde a visão; 2) o indivíduo pode nascer com surdez moderada a severa. Perde a visão no final da adolescência; 3) a pessoa, aparentemente nasce ouvindo e enxergando. Aos poucos vai perdendo os dois sentidos. Estima-se que há no Brasil 40 mil pessoas com surdocegueira, número que cresce a cada ano. Essas pessoas precisam de todo o suporte e apoio educacional para a convivência social. Capacitação de professores e mudança de currículo, são fundamentais para este acesso.
Apesar disso, eles têm condições de um bom convívio social.
Fonte: Revista Inclusão, n. 75
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