Final e começo de ano convivemos tristemente com promessas, entre elas, a de perder alguns quilinhos. Como são promessas, sacrifícios são as consequências. Que pena que reagimos assim ao que deveria ser apenas um estilo de vida. Já escutei de tudo “se perder 5 kg, prometo não beber mais”, outros mais radicais, “esse ano vou enxugar, mas tenho que pagar a promessa de ajudar um asilo.” Não cortar mais o cabelo, ajudar a lavar à louça, ligar toda semana para meus pais, etc…, estas são outras promessas.
O que muitos não sabem e, deveriam saber, – utilidade pública – é que cada ano a mais que vivemos perdemos um pouco mais de força muscular, certamente relacionada ao envelhecimento. O nome disso é dinapenia (dyna=força; penia=perda), um processo natural da vida, ou seja, todos perdem. Estudos científicos relatam associação da diapenia com a mortalidade, e não é exagero. Por exemplo, muitas pessoas idosas perdem a força em membros inferiores e com isso, aumenta a possibilidade de quedas, consequentemente, cirurgias e sequelas, podendo levar à morte.
Quando adotamos um estilo de vida saudável, a perda de força torna-se imperceptível (pelo menos por alguns anos). A beleza e a inteligência do corpo se efetivam quando o corpo se movimenta, se desloca no espaço, arrasta consigo o prazer da contemplação, como um peripatético. Isso não precisa de promessas e nem de sacrifícios, apenas o desejo de viver em paz e sem culpas. Sendo assim, a única alternativa saudável para esse ano é se mexer mais. O resto é autoajuda.
Ainda da tempo
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