Aproveito minhas férias para fugir do tumulto das praias e assim, invadir “minha” estrada. Cena 1: a estrada que me refiro, apesar de ser próximo de Curitiba, ainda é pouco usada. Cena 2: a invasão é pedalando, o espaço ainda guarda certa segurança e é muito lindo. Cena 3: Nas manhãs escuto invariavelmente uma orquestra de todos os tipos de pássaros (já comentei isso em alguma postagem anterior). Cena 4: a estrada em alguns momentos parece que é minha, a solitude me aproxima não só da natureza, mas de mim mesmo. Cena 5: só de olhar, algumas subidas desanimam até os mais otimistas apostadores da bitcoin, esse é o momento que invisto da minha “saúde mental“. Cena 6: descidas; alegria de criança. Cena 7: cheiros; dos quase extintos da mata atlântica aos das águas que cruzo pelos poucos rios qua ainda estão despoluídos. Cena 8: já fiz amigos pelo caminho, de alguns chacreiros aos cachorros que me perseguem (a amizade quase sempre acontece quando paro para algum conserto na bike ou, para hidratação). Cena 9: ao mesmo tempo que esses “passeios” são desafiadores (situações adversas de maneira funcional, segundo a OMS), eles me trazem algum sentido e conferem um estilo de vida.
Cena 10: Por mais que as “janelas das belezas da vida” (redes sociais) estão fechadas para mim, já que não as uso, fujo conscientemente de qualquer “ditadura da felicidade”, inclusive fujo de mim mesmo, consciente ou inconscientemente. Parte do caminho (a vida), quando realizada por “estradas” desconhecidas e desafiadoras, nos ajudam a compreender o “silêncio”, pelo menos para mim.
Cena 11: a ideia original da postagem era para comentar sobre “saúde mental”, no decorrer da escrita, descubro que não sei o significado deste termo. Desculpem. É que há tempo que venho percebendo como as “estradas” da vida podem ser vividas sem o “google maps”, mesmo que nos tragam insegurança e medo, essas “aventuras” são necessárias para alguma coisa. Um dia saberemos, eis a sabedoria.
Cena 12: Estradas não faltam.
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