A postagem de hoje, refere-se em especial, às adaptações sofridas quando passamos algum tempo sem correr ou nadar ou pedalar ou andar. Adaptações que dependem do tempo dos músculos em inatividadade. A ciência esportiva está respaldada hoje em dia para explicar sobre as adaptações nas perspectivas genética, mitocondrial, muscular, proteica e metabólica. Como não é a proposta deste site aprofundar conceitos fisiológicos, explico pela prática.
Quanto mais tempo ficamos parados, mais preguiça o cérebro/corpo acusa, hesitamos em voltar a treinar, arranjamos desculpas para o retorno e assim, o cérebro sai ganhando. Quando superamos esse estágio – o retorno – precisamos de paciência para adaptar o corpo para uma “nova” carga. O corpo reserva uma memória para os esforços já realizados, mas esse “despertar” precisa de algum tempo.
Na prática não é tão difícil, o corpo precisa com o retorno voltar a entender como se “adaptar” ao esforço. Diminuir o volume e intensidade dos treinos, uma hidratação reforçada, alimentação equilibrada. Na corrida, evitar subidas, na natação, estilos e exercícios que exigam muita força, no pedal, evitar ritmos fortes. Voltar a se mexer nos mesmos horários antigos; evitar tênis/calções de banho novos; pedalar na mesma bike do último treino.
Os complementos seguem a mesma teoria, como a musculação, exercitar-se com menos carga aumentando o número de repetições. A oxidação de carboidratos precisa ser regulada com a volta dos treinos, por isso o enorme sacrifício que fazemos no retorno das atividades. Essa “desregulação” está associada ao esforço muscular, os músculos dos membros inferiores precisam “aprender” novamente o que recrutar para o esforço desejado. Em geral recrutamos mais fibras musculares do que o necessário, por isso o maior desgaste. O mesmo acontece com a natação e membros superiores. Manter a mesma quantidade de treinos, mesmo que em menor tempo, são imprescindíveis.
O mais difícil continua sendo o desejo de voltar a se mexer, superar a preguiça e refazer o plano de treinos é o mais importante. Se assim mesmo não for suficiente, andar ajuda.
Deixe um comentário