Dias atrás me perguntaram se conhecia a relação do músculo psoas maior (‘músculo do lombo’) com a alma. Respondi que fica difícil responder tal pergunta, começando pelo meu desconhecimento sobre a alma, ainda mais um músculo do corpo humano sendo influenciado sobre essa instância. Não confundir com espiritualidade, essa explicação ajuda em partes a separar os conceitos. Nem relacionar alma com as dores somáticas, que são as dores sem um diagnóstico coerente.
Então, depois desses esclarecimentos, fiquei sem resposta, a única que encontrei, sem explicações anatômicas, foi a aproximação do músculo com princípios filosóficos da cultura oriental – bingo! Acrescentei, talvez o yoga e a medicina chinesa expliquem essa aproximação. Quando andamos, corremos ou qualquer atividade de deslocamento, recrutamos o psoas maior e ilíaco – o psoas sai da coluna se funde ao músculo ilíaco com inserção no fêmur. É um músculo profundo e que se encurta (estresse) muito durante o dia, portanto, dores na região lombar são muito comuns. Síndrome do psoas é exemplo desse desequilíbrio.
Talvez seja essa a razão de relacionar um músculo com a alma, uma área do corpo humano que absorve muita tensão muscular, além das estruturas retroperotoneais. Mais que a explicação anatômica, a biomecânica dos nossos movimentos da marcha e corrida, explicam como a região lombar absorve os impactos que se iniciam no calcâneo, deslizam para os joelhos e se dirigem à lombar.
Se isso relativizar a explicação da influência da alma, quem sabe podemos suavizar nossas dores: fortalecimento e alongamento da lombar, pilates, yoga, caminhadas e muita reza, isso ajuda a acalmar nossos ‘espíritos’.
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