Enchentes, furacão, seca, crises na família, política de corruptos, guerras, amores esfacelados, subemprego, precisa mais? Duas alternativas para resolver isso, minuto de silêncio todos os dias ou, enrolar-se num plástico bolha e não sair mais. Meu irmão lê obituários todos os dias, precisa da certeza que ainda está vivo. Antes tínhamos uma certeza na vida, agora duas; a morte, era o que já sabíamos, crise de ansiedade, é a outra certeza.
As causas são evidentes, além do que a literatura já nos avisou: traumas por morte, agressões psicológicas ou físicas e a genética, são algumas das causas que explicam em parte esse transtorno. Pior, pode provocar a crise de Pânico. Da ansiedade ao pânico e tudo para paralisar, o medo de morrer, o coração em taquicardia e a sensação de “quase morte”.
Depois de instalada às crises de ansiedade, lutar contra isso é uma tarefa desafiadora, segundo a OMS, somos o país mais ansioso do mundo, 9,3% da população sofre desse transtorno. Viver o presente e esquecer o futuro que ainda não chegou, pode parecer tolo, mas, para muita gente que sofre de ansiedade, pode ser uma frase acalentadora.
No pânico, às crises paralisam, a sudorese aumenta, taquicardia e medo do desconhecido. E agora?Respiração orientada, como no caso da Yoga é aceito pela comunidade científica. Simples, uma alternativa. Muitas pessoas que sofrem dessas crises, evitam de tocar no assunto, com medo da exposição, mas nem sempre é a melhor solução. Pessoas próximas devem saber do comprometimento, pelo menos assim, algumas “desculpas” são justificadas em caso do isolamento – que deve ser evitado.
Enfim, como o filme “Não esqueça de usar o protetor solar” (antigo, mas motivador); dançar, pedalar, arriscar-se, beijar, abraçar, tomar sol….talvez não ajude nada, mas pode afastar a crise.
Se assim mesmo, nada ajudar, Drummond resolve:
Procura da poesia
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
[…]
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