Muitos anos atrás li um artigo sobre Donald Hebb, um neurobiólogo canadense, que ali, explicou a sua teoria, que acabaria desbancando paradigmas cristalizados. O que Hebb propôs? Que a formação de memórias não requer novas sinapses, requer sim, o “fortalecimento” das sinapses preexistentes. Diferente da teoria anterior, que achava que novas memórias precisavam de novas sinapses (neurônio se ligando com outro neurônio).
E o que é esse “fortalecimento”? Na prática funciona assim, uma experiência que provoca disparos repetidos através de uma sinapse tem o poder de “fortalecê-la”, e quem tem o papel essencial nesse processo é o neurotransmissor glutamato. O glutamato funciona colaborando de uma maneira neurofisiológica que é essencial ao aprendizado.
Sem informações de Hebb agora; gosto de comentar com os alunos sobre o tal “fortalecimento” cerebral, fundamental para o aprendizado. Pense em uma situação da vida que esteve associado a emoções, por ex. primeiro beijo, casamento, nascimento de filhos etc. todas estas experiências foram memorizadas porque estavam associadas à emoção, muita emoção. Por isso que a gente não esquece das paixões.
Fortalecimento então, nada mais é que uma repetição associada ao prazer da experiência, do ato, do aprendizado, do treino (pode ser físico, também). Essas contribuições de Donal Hebb, nos ajudam a compreender por que fazemos algo com muita dedicação e prazer (sempre com muito glutamato), outras, nem tanto, mais por obrigação. Estas, não existe fortalecimento, talvez não exista nada para às sinapses.
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