Porque temos pressa! Em uma sociedade imersa em ritmos cada vez mais acelerados, olhar e conseguir enxergar transcender a percepção visual. Talvez, seja um dos maiores desafios da contemporaneidade.
Parar e observar o beija-flor com seus movimentos precisos, pairando na sua janela, remete a prazeres legítimos. É verdade que nem sempre estamos enxergando as belezas e maravilhas ao nosso redor, a urgência nas coisas assemelha-se ao um véu que obscurece a capacidade de uma reflexão mais contemplativa daquilo que se apresenta.
Como professores que compartilham percepções, parar, refletir e questionar sobre o olhar e enxergar, nos desapruma por mostrar uma “cegueira” perceptiva impelida pela rotina dos dias corridos. É angustiante olhar e não enxergar, deve ser como sente a poetisa Adélia Prado quando lhe é retirada a poesia […]“olho pedra e vejo pedra mesmo”. É bom questionar se queremos enxergar e estabelecer uma relação mais empática com as coisas, com as pessoas. Se conseguirmos ir além do que estar aos nossos olhos.
Assim, no âmbito da percepção humana a tríade cognitiva eu, mundo e futuro nos convidam a olhar, enxergar e sentir. Talvez colabore na compreensão do que realmente está diante dos
nossos olhos, nada é certo, são possibilidades!
Por: Jozilene Melo de Andrade Oliveira
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