Gostem ou não de Freud, mas foi a partir dele que muitos assuntos sobre o cérebro pipocaram na boca de muita gente. O mal-estar à condição humana continua vivíssimo, é o inconsciente que vibra em nós como uma luz/cor invisível, mesmo que não possamos enxergar, ela (a cor) existe.
Basta ver o nosso comportamento, alguns inexplicáveis, outros, reprováveis. Algumas experiências comprovam essa máxima, nem sempre nossas respostas são conscientes (alguns cientistas acreditam que nenhuma resposta é consciente). A literatura científica chama de priming, algo como pré-ativação do cérebro. Explico; uma coisa influencia a percepção de outra. Um exemplo do neurocientista David Eagleman; se você estiver segurando uma bebida quente, descreverá sua relação com um parente de forma mais favorável; ao segurar uma bebida gelada, expressará uma opinião um tanto mais desfavorável a respeito do relacionamento. Não é bruxaria, nem criação de um julgamento, é real.
Os mecanismos cerebrais para avaliar o calor interpessoal coincidem com os mecanismos para avaliar o calor físico, então um influencia o outro. Essa relação de julgamentos é tão verdadeira que mostra como em muitas ocasiões tomamos decisões que não esperávamos. O cheiro do ambiente também pode resultar em um comportamento diferente dos anteriorres; ambiente com mau cheiro, tomará decisões morais mais severas – por exemplo, é mais provável que julgue imorais os atos incomuns de outra pessoa.
Por último, ainda exemplos de Eagleman; se você está sentado em uma cadeia dura, será um negociador linha-dura em transação comercial. Se estiver em uma cadeira macia, irá ceder mais.
Exemplos não faltam para explicar como o inconsciente rege nosso comportamento.
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