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Quadrinhos explora autismo em mulheres

Marguerite tem 27 anos e busca entender por que se sente diferente

Marguerite tem cabelos pretos longos e 27 anos. Ela se sente incomodada pelos ruídos e conversas paralelas no escritório onde trabalha e tem dificuldade de participar das interações sociais com os colegas.

É uma garota que gosta de seguir uma rotina: caminhar para e de volta do trabalho passando pelas mesmas ruas e lojas, e parar na mesma padaria para comprar seu pãozinho de espelta.

Um prédio de apartamentos com várias janelas em que tudo é vermelho, menos a janela onde está Marguerite
Marguerite é uma garota que se sente diferente e descobre que é autista

Ela e o namorado têm tido conflitos. Ele reclama que ela não é muito social e não quer ficar muito tempo nas festas com os amigos. Ela não quer mesmo, mas se esforça para agradá-lo.

Marguerite usa roupas de materiais que não incomodem sua pele. Ela é literal nas conversas. Ela tende a comer sempre as mesmas coisas.

Ela começa a buscar respostas sobre por que se sente diferente.

Depois de um longo processo de investigação com profissionais de diferentes áreas, ela descobre que é autista, com nível 1 de suporte.

A história de Marguerite é narrada na divertida e poderosa história em quadrinhos “A diferença invisível”, de Mademoiselle Caroline e Julie Dachez, livro comercializado no Brasil pela editora Nemo.

As autoras usam o termo “síndrome de Asperger” para o caso de Marguerite, um diagnóstico que já não é mais usado na quinta edição do DSM (o manual de diagnóstico de saúde mental), mas segue aparecendo em discussões científicas.

Assim que escuta o diagnóstico, a garota dá saltos mentais de alegria. “Eu já sabia.”

Marguerite comemora com uma taça de champanhe, ao lado do namorado que não compreende o significado do diagnóstico para ela: “Vou aprender a me respeitar. A ouvir meus limites. É como se eu tivesse o direito”, diz ela.

A partir desse ponto, os quadrinhos, que eram majoritariamente branco e pretos, ganham cores, refletindo o empoderamento de Marguerite, que se cerca de conhecimento e novos amigos.

“Concretamente, as dificuldades de Marguerite permanecem as mesmas, mas foi a forma de enxergá-las que mudou completamente: ela não somente aprendeu a se conhecer e se amar, como desenvolveu um pensamento crítico quanto à patologização da diferença”, diz um trecho do livro.

Marguerite é, na verdade, uma versão da própria Julie Dachez, uma das autoras dos quadrinhos.

Aos 27 anos, a francesa Dachez descobriu que era autista. Ela tem um blog e um canal no YouTube.

Por Johanna Nublat (25/10/23 FSP)

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