Começou no último domingo (16/07/23) em Amsterdã, Holanda, uma Conferência Internacional sobre a Doença de Alzheimer, talvez o evento mais importante da área. Certamente em breve teremos muitas novidades, mas ontem mesmo, já ficamos sabendo sobre como os próximos diagnósticos devem ser realizados.
A análise de biomarcadores (concentração de beta-amilóides e a proteína Tau), pelo exame de sangue, é uma novidade, já que até esse momento, os exames clínicos é que determinam o diagnóstico. “Esse diagnóstico mais cedo também amplia o acesso dos pacientes aos últimos medicamentos já aprovados para uso nos Estados Unidos, como o Leqembi (lecanemabe), que reduziu em 27% a perda da cognição em pacientes nos primeiros estágios da doença.”
Se a escala atual de diagnóstico classifica o Alzheimer como Leve/Moderado/ Grave, a mais nova escala será definida com base na avaliação dos sintomas do paciente. Ela envolve uma pontuação de sete números, que vai do 0 ao 6.
- Estágio 0 – indivíduos com uma mutação dominante que determina o desenvolvimento da doença no futuro, mas que ainda não apresentam biomarcadores ou sintomas. Não considera variantes genéticas que somente aumentam a predisposição, sem definir se de fato a pessoa terá a doença.
- Estágio 1 – aqueles com evidência de biomarcadores, mas ainda assintomáticos;
- Estágio 2 – pacientes com transição para o início de um declínio cognitivo;
- Estágio 3 – aqueles com comprometimento cognitivo, mas sem gravidade que impeça a sua independência;
- Estágios 4 a 6 – indivíduos com perda da independência e perda funcional progressivamente pior. “Os estágios 4-6 são mapeados para demência leve, moderada e grave, respectivamente”, diz o texto.
- Espera-se com essas mudanças, diagnósticos mais precoces e um número maior de pessoas diagnosticadas com Alzheimer. Assim, a prevenção e tratamento iniciam mais cedo.
Deixe um comentário