Em um encontro na semana passada com alunos de Educação Física, me perguntaram por que eu corria, outros, queriam saber como resistia por tanto tempo. Respondi; “dou um sentido para isso”. Adotei um ar professoral e continuei respondendo; “incorporei a corrida na minha vida, da mesma forma que tomo banho, escovo os dentes, e me alimento, diariamente”. É mais uma atividade no meu dia, mesmo que não corra todos os dias, sim, nos outros dias, exercito-me com outras atividades.
Também disse que tive sorte, muitos colegas da minha idade, com o passar do tempo se contundiram e deixaram a atividade de lado. Para fazer sentido, precisamos gostar muito do que fazemos, caso contrário não será possível permanecer na mesma atividade por muito tempo. Numa outra perspectiva, talvez mais próximo de Forrest Gump, a corrida tem o sentido da autoanálise. Ficar sozinho, pensar na vida, pensar em nada, alegrar-se pelo tempo saudável, superar os desafios da preguiça, resiliência e prazer pelos hormônios secretados.
Não precisa de competição, de treinador e nem de plateia, apenas vontade e desejo. Precisa mais?
Sim, repetir isso enquanto tiver saúde e tesão
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