Não sou e nunca fui técnico de futebol, passei alguns anos da minha vida profissional como preparador físico de futebol e futsal, com isso, tive alegrias em ver meus ex-atletas se tornarem profissionais da bola reconhecidos nacionalmente. A experiência me ensinou que o treinador é o grande responsável pelo sucesso do time – jogar bem pra ser mais objetivo. Ganhar é consequência.
Durante o jogo do Brasil contra a Croácia, me lembrei do treinador/jornalista João Saldanha que, em 1969, já treinando a seleção brasileira, respondeu ironicamente uma “ordem” do presidente militar, a sinceridade e autonomia o fez perder o cargo. Zagalo assume a seleção, o resto é história.
Assumir um cargo como técnico da seleção brasileira, requer muito da sinceridade do João Saldanha e competência técnica. Sem isso é difícil administrar um time de 22 estrelas, egos exaltados, e arrogâncias de plantão. A situação de Cristiano Ronaldo nessa copa, querendo voltar para casa mais cedo porque foi preterido por outro jogador, é exemplo do que escrevo.
Passa desapercebido da maioria dos torcedores a ausência de um capitão, Tiago Silva usa a faixa de capitão, mas isso não significa nada. Quem diria que sentiríamos falta do Dunga, fez falta. O capitão ou o treinador de vaidades, em muito pouco tempo, perceberiam que no time adversário havia um jogador genial, Modric, camisa 10 e outro, nada conhecido, Pasalic, que mostrou como um time pode jogar diferente.
Esses são apenas detalhes de um jogo (como na vida), que no final, contam muito. Daqui para frente, não só o futebol, todos os esportistas (todos os cidadãos), precisam aprender com essas experiências. Ganhar uma competição, como “ganhar na vida”, não basta ser craque, precisa de muito mais. Esse muito mais é o diferencial.
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