Das poucas áreas de estudo que comecei e não terminei foi a Faculdade de Yoga. A Faculdade Espírita, em Curitiba, oferecia o curso universitário de Yoga, nos anos 1980, no período noturno, e não pensei duas vezes para me matricular. Se não desse certo profissionalmente, seria pela saúde a razão do diploma.
Foi um ano de aulas teóricas e práticas intensas – o único ano que cursei a Faculdade – aprendi posturas, respirações, meditações e a filosofia da Yoga. Tempos depois, a ocidentalização da prática, tornou-se um negócio rentável.
A introdução apenas para dizer que recentemente fui perguntado por um fisioterapeuta amigo se eu trabalhava com abdominal hipopressivo, pois havia muita gente precisando de um especialista. Respondi a verdade, não sabia do que se tratava. Mesmo assim, fui me informar, já que esse meu colega me disse que o assunto estava bombando nas redes.
Hoje leio no OGlobo, uma matéria sobre o tal abdominal e lembrei-me dos meus tempos de Yoga. A técnica enfatiza exercícios abdominais para trabalhar o diafragma (principal músculo da inspiração), que por sua vez, pode evitar as lesões lombares. Essas técnicas são inspiradas no exercício Uddiyana, que na minha época de Yoga, ao contrário do que se comenta atualmente, reduz as medidas corporais.
Quem sou eu para julgar os efeitos de um exercício físico, de qualquer forma, é bom lembrar que, tudo que vira modismo acaba em pó. A Yoga não sumiu porque tem história, tem evidências científicas. Quanto às técnicas hipopressivas – Low Pressure Fitness (LPF) – ainda é cedo para julgamentos, não custa tentar.
“Um dos exercícios mais populares, especialmente para iniciantes é a postura héstia. O praticante deve sentar com a coluna alinhada e empurrar a palma das mãos contra a coxa. Em seguida, é preciso inspirar de forma lenta e profunda expandindo a caixa torácica no sentido latero-costal (elevando as costelas), com cuidado para não tensionar os ombros. Na sequência, é hora de expirar lentamente, sempre mantendo a coluna ereta. Após três repetições da respiração, deve-se fazer uma pausa de no mínimo três segundos, sem puxar o ar. Por fim, naturalmente, o famoso vácuo abdominal acontece, como uma consequência da pausa respiratória e abertura das costelas.”
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