A ciência é um guarda-chuva, atende entre outras ciências o estudo da música em todas suas manifestações. Pouco mais de um século é o tempo de nascimento dessa ciência, que aconteceu na Alemanha, como um produto colateral da reflexão sobre a música impulsionada pelo idealismo hegeliano e a ideia do espírito manifestado em uma obra.
Como uma característica do saber, a musicologia buscava fortalecer como acadêmica, assim foi necessário desenvolver um novo tipo de discurso sobre música que diferia abertamente daquelas que acionavam o vulgar ou o aficionado.
Naquele momento cultural/musical, aparece o nome do crítico musical o austríaco Eduard Hanslick, assim, a musicologia teve que renegar o conceito de expressão, tão caro ao neófito e ao melômano, para mexer com a forma, na qual pensava-se ver materializada na escritura.
Como obra do destino, a ciência consagrada como a arte das musas, nasceu do menosprezo da prática musical – entre outras coisas por suas conotações femininas.
A música está aí, tocando em nossos ouvidos todos os dias, todas os minutos, algumas nos movem, outras, nos deprimem, sem elas – as músicas – não estaríamos em pé.
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