Nesses dias de comemorações, volto no tempo para recordar a faculdade de Fisioterapia. Minha primeira formação foi a Educação Física (EF), nos anos 1980, com gostinho de quero mais. O mais era complementar o que o curso de EF não me ensinou. Por ex., queria entender sobre esporte para pessoas com deficiência, assunto que passou em branco na minha formação inicial. A lógica era, se conheço de esportes, posso agregar a deficiência. Um dualismo irresistível, barato, mas era o que tinha para a época. Fui então cursar Fisioterapia. Não só terminei o curso, como “engravidei”, dois presentes em 1988.
Em um dos estágios da Fisio, no hospital Erasto Gaertner (Fisioterapia Oncológica), era obrigado a fazer plantões finais de semana. Confesso que era difícil, mas necessário. Inadministrável, foi conhecer a realidade do câncer em crianças. Atendia algumas pela manhã, no retorno à tarde, inevitável que alguma delas já não estava mais ali. Foi um período difícil na minha formação, conviver com tristeza acachapante.
Serviu apenas para mostrar, que essa área eu não poderia trabalhar, não suportaria acompanhar tanta gente sofrendo. Antes mesmo de me formar, já tinha caminho traçado.
Por isso minhas homenagens, não só aos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, mas todos os profissionais de saúde que estão na linha de frente e dispostos a tratar à vida de muitos, o que não é para todos, mas felizmente, eles existem.
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