Ana Júlia Lersch Eidam
Quando falamos em sistema muscular, a primeira associação que fazemos, normalmente, é com produção de movimento. De fato, esse sistema é responsável pela ação dos membros do corpo e de suas vísceras, mas também podemos elencar algumas outras funções.
A primeira de todas, como já colocamos, é a produção dos movimentos corporais, como andar e correr. Além disso, através da contração dos músculos esqueléticos, é possível que mantenhamos as posições corporais, como ficar em pé ou sentar sem pendermos para qualquer direção. A regulação do volume dos órgãos, a produção de calor e o movimento de substâncias dentro do corpo também ficam a encargo do mesmo sistema.
No corpo humano é possível encontrar três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, liso e estriado cardíaco. O primeiro tem como características estrias e a contração voluntária, estando normalmente associado ao sistema esquelético. O segundo, como o nome sugere, não possui estrias e é de movimentação involuntária (controlado pelo sistema nervoso autônomo). Podemos encontrá-lo nos vasos sanguíneos, vias aéreas e grande parte dos órgão da cavidade abdômino-pélvica. O último é exclusivo do coração, também possui estrias, mas é de contrações involuntárias.
No músculo estriado esquelético, a contração acontece através da interação entre dois filamentos protéicos existentes nos sarcômeros – a actina e a miosina. A cabeça da miosina empurra os filamentos de actina, gerando a contração muscular. Nesse momento, a quantidade adequada de cálcio deve ser liberada para permitir a interação entre os dois filamentos.
Toda contração muscular é iniciada a partir da emissão de um impulso nervoso. A instrução viaja através do nervo para as terminações especializadas do músculo. Um axônio motor se comunica com a placa motora, local onde o estímulo elétrico é convertido em movimento. Entre o nervo e o músculo existe um minúsculo espaço chamado de fenda sináptica. O impulso se vincula a um neurotransmissor, acetilcolina, e é transportado até o seu receptor, criando um impulso elétrico que percorre todo o músculo e resulta na contração.
Algumas doenças podem afetar o bom funcionamento do sistema muscular. A atonia e distonia são dois exemplos disso. A primeira consiste em uma diminuição da tonicidade normal de um órgão. É uma espécie de deficiência da força de contração muscular e pode afetar os músculos de comando voluntário e também os músculos lisos. Um exemplo é a atonia intestinal, que causa uma lentidão do intestino levando à constipação. A atrofia muscular é o definhamento do tecido muscular, o que causa um encurtamento das fibras dos músculos. Pode ser causado por desuso ou quando os impulsos nervosos tornam-se ineficazes. Os sintomas da atrofia são encurtamento dos membros, fraqueza, incapacidade de mover-se normalmente.
Referências bibliográficas:
http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/ (acesso em 25/05/17)
https://www.todamateria.com.br/sistema-muscular/ (acesso em 25/05/117)
http://www.anatomiadocorpo.com/sistema-muscular/ (acesso em 25/05/17)
Deixe um comentário