O que é um dia perfeito? De todas as explicações, voltar para casa me parece mais coerente e sensato. Buscar perfeição é como querer pintar as nuvens. Perfeição, seja ela qual for, é a busca do impossível, algo plantado em nossas cabeças para fugirmos da “nossa” perfeição.
Li a crítica do filme Dias Perfeitos (Prime) e os temas solidão, fuga e busca me instigaram a conhecer o filme. É um longa, assim, algumas cenas são passadas de uma forma lenta e repetitiva, tão fugaz como reais. As cenas do cotidiano de um zelador de banheiros públicos, aproximam nossas percepções sobre o que poderia ser um dia perfeito, desde que saibamos o que significa trabalhar com dignidade e disponibilidade.
A rotina do filme e da vida de Hirayama (um personagem que fala muito pouco durante todo o filme) é desafiadora na perspectiva de que o simples e a arte podem ser imprescindíveis nos dias de hoje. A fotografia e a solidão são os recursos que o personagem principal (Hirayma) usa como trampolim para o esquecimento do passado.
“Dias Perfeitos acompanha a história de Hirayama (Koji Yakusho), um homem de meia idade reflexivo que vive sua vida de forma modesta como zelador e limpando banheiros em Tóquio. Sua vida é revelada ao espectador através da música que ouve, dos livros que lê e das fotos que tira das árvores, uma vez que são suas três paixões. Á medida que a vida de Hirayama avança, encontros inesperados começam a surgir revelando um passado sombrio e não tão metódico do zelador.
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