Leio o livro de Daniel J. Levitin (Objetiva, 2021), com um prazer enorme, dois assuntos que me fascinam, mesmo entendendo pouco sobre eles, música e cérebro. A música é papel fundamental na evolução humana, nos dias de hoje é a arte que nos ajuda a suportar a evolução. Como a música modifica ou processa a nossa consciência e a relação com a atividade cerebral são temas de Levitin neste livro. O autor, para ajudar e facilitar a leitura, viveu intensamente a música como profissional, isto ajuda a aproximar o leitor do assunto. Só isso já é suficiente para gostar da leitura.
“(…) A ideia de combinar elementos primitivos para criar arte e a importância das relações entre esses elementos também se encontram nas artes visuais e na dança. Entre os elementos fundamentais da percepção visual estão a cor (que pode ser decomposta em três dimensaões: tonalidade, saturação e luminosidade), o brilho, a localização, a textura e a forma. No entanto, uma pintura é mais do que a reuião desses elementos: não é apenas uma linha aqui e outra ali, ou um ponto vermelho numa parte do quadro e uma mancha azul em outro. O que transforma um conjunto de linhas e cores em arte é a relação entre as linhas: a maneira como uma cor ou forma responde a outra numa área diferente da tela. Esses traços e linhas transformam-se me arte quando forma e fluxo (a maneira como nosso olho é conduzido pela tema) são gerados a partir de elementos perceptivos mais elementares. Quando são combinados harmoniosamente, acabam dando origem à perspectiva, primeir plano e segundo plano, à emoção e a outros atributos estéticos (…).”
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