“Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 milhões têm dificuldades funcionais, sendo que 92% da carga global de doenças pode se beneficiar de recursos de reabilitação.”
Os números sobre estes problemas no Brasil não são confiáveis, mas a demanda em reabilitação é igualmente enorme. Recentemente orientei um projeto na Universidade que tratava sobre os alunos com deficiência. Internamente, os números que levantamos eram superficiais, muitos alunos preferem não se identificar como deficientes, assim, perdemos a oportunidade em fundamentar políticas estudantis para evitar a evasão escolar. O mesmo ocorre com as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) espalhadas pelo Brasil, não conseguimos identificamos um número exato. Só aparece os casos crônicos, que são urgentes.
Quando pensamos em reabilitação, num processo “guarda-chuva”, objetivamos encontrar medidas e processos que auxiliam os indivíduos com incapacidades a buscar um ótimo funcionamento integrado com seus ambientes. Pensando nas DCNTs – dor lombar, cefaleia e depressão – estão entre as quatro principais causas de “Years Living With Disability” (YLDs), ou seja, “uma das medidas para quantificar a perda de saúde são os anos vividos com incapacidade.”
Só neste exemplo citado aqui, em 2017, foram 162 milhões de casos que viveram com incapacidade. No Brasil os números são suficientes para sobrecarregar o SUS. Quantas e quantas pessoas incapacitadas para trabalhar, de ter uma vida normal.
Pesando no “varejo”, os municípios precisam impor programas de prevenção destas doenças, parcerias com empresas e com seus próprios funcionários. Horas durante o expediente que todos possam se movimentar e alongar. Criação de academias e áreas de lazer para toda família. Enfim, programas desta natureza precisam ser pensados, com especialistas e profissionais comprometidos. Este é o único caminho para manter o mínimo de qualidade de vida na empresa e bem-estar social. O caminho mais doloroso, pode ser inevitável, alguém precisa mudar esta realidade.
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