Recentemente fui abordado numa rua de Curitiba por uma senhora, simpática, pele escura como a minha (escura pelo sol), e vestida de roupas coloridas, como as que gosto de usar. Nesse dia, estava vestindo uma das minhas camisas rosas. Parei para saber o que ela queria, como sempre faço, perguntou se eu tinha conhecimento de Iansã. Confesso que foi uma pergunta indiscreta, o mesmo se alguém me perguntasse se eu sou evangélico. Confesso também que fiquei curioso, a mulher era muito simpática. Depois do meu sorriso Xangô e pronto para responder o que conhecia das religiões africanas, ela se adiantou e justificou a pergunta “sua roupa colorida e sua pele enegrecida apontam que você é filho de Iansã” e continuou “uma divindade que adora cores alegres”.
Me arrependo de não ter aprendido algo mais sobre essa matriz africana, sorri discretamente para a senhora simpática, respondi que as cores, são vibrações da luz sobre os objetos, mas o valor simbólico, para mim, é o mais importante. Nos despedimos educadamente e seguimos nossos caminhos.
Se o momento fosse outro, perguntaria: Na disputa entre o rei Xangô e o guerreiro Ogum, quando digladiaram pela disputa de Oyá; o que o candomblé entende por amor quando é preciso duelar para conquistar um amor?
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