Aproveito o feriado para arrumar meu escritório, livros que há tempos não folheio. Abri O corpo humano de Fritz Kahn (1978), presente que recebi com muito carinho do meu querido amigo Chain, ele mesmo, da livraria do Chain. Muitos anos atrás resolveu me alegrar com dois volumes de um livro antigo mas repleto de sabedorias. Certamente muita coisa já ultrapassada, mesmo assim, histórica. Reproduzo aqui uma destas definições;
O tigróide – “combustível do nervos – O combustível da célula nervosa denomina-se tigróide, porque está distribuído por diversos compartimentos plasmáticos, que se destacam, de acordo com a coloração da célula, como as malhas na pele de um tigre. O tigróide é uma mistura altamente complicada de proteínas, gorduras e carboidratos. Quer as combinações protéicas quer as gorduras são riquíssimas em fósforo. O cérebro possui tanto fósforo que este elemento foi descoberto neste órgão. Um sábio do século XIX chegou a proclamar a famosa frase: “Sem fósforo não há pensamentos.” Dentre as gorduras fosforadas, a mais conhecida é a lecitina, que se encontra, no reino animal e vegetal, sempre que se desenrolam funções vitais particularmente nobres. Além das células nervosas, também são ricos em lecitina o ovo de galinha, o leite, a manteiga, o queijo. Todos os preparados dietéticos o encerram, como alimentos dos nervos.
Tigróide é conhecida como substância de Nissl, raramente é compreendida nos textos atuais como a definição antiga de Tigróide, mas lindamente esclarecedora. Os antigos tem muito para nos ensinar.
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