Lembro bem a gritaria da sociedade brasileira quando as Universidades Federais implantaram o sistema de cotas para os alunos vulneráveis e invisíveis. Diziam algo como “só porque meu filho estudou em escola particular agora ele (o filho) vai precisar concorrer com candidatos de cotas?” Outros diziam ” mas agora diminuiu o número de vagas por curso com esta tal de cotas, e se o meu filho não passar?” Foi e continua a choradeira, apesar do projeto de cotas continuar mostrando o quanto a justiça é necessário.
Não vejo a mesma sociedade “gritando” contra o pastor que queria ” a sua cota” para liberar verbas na educação. Reparem que a denúncia apareceu sem querer, alguém gravou e vazou. São os prefeitos das cidades brasileiras que estão se omitindo também. Todos participando desta barbárie.
O problema da educação brasileira para grande parte da sociedade são as cotas dos alunos de escola pública, alunos com deficiência, afrodescendentes. As outras cotas, esqueceremos em dois dias.
Desculpem, sentei para escrever outra coisa, mas a revolta é grande, me empurrou para o leilão que estão fazendo com o MEC. Uma geração inteira de jovens vai pagar o que não mereciam.
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