“As abelhas mal distinguem o vermelho do infravermelho, mas veem o ultravioleta. Inúmeros insetos percebem os sons pelos movimentos de filamentos e pelos sensoriais, ao passo que outros, falenas, cigarras ou certos tipos de gafanhotos, têm órgãos timpânicos no corpo. Os desempenhos do ouvido do cão são bem conhecidos. O mundo vivo deve a sua expansão aos aparelhos sensoriais que alertam para os perigos e ameaças que espreitam as espécies. A obra de complexificação da Evolução atingiu tanto os órgãos sensoriais quanto as áreas cerebrais de recepção.
Na espécie humana, na qual culminam as dicotomias complicadas da árvore da vida, o olfato diminuiu, mas a visão, a audição e o tato se tornaram instrumentos de alta precisão. Isso graças ao desenvolvimento simultâneo dos receptores periféricos de sensações e das áreas cerebrais correspondentes, que elaboram as percepções. (…)
O olho e o cérebro (Philippe Meyer)
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