Hoje é o dia de me aventurar em assuntos que não domino, apenas aprecio. Quero falar do filme que assisti ontem (Netflix) recomendado pelo Gabriel, não o do filme, mas meu filho.
Não sei exatamente onde está a beleza do filme, talvez por ser um filme que não está na mídia, por ser um história verídica, quem sabe pela fotografia do filme ou pelos personagens africanos, que foram amigos reais do Gabriel. A narrativa quase chega a ser de um adolescente, mas depois que conhecemos Gabriel, aprendemos a gostar do aventureiro.
Fico sabendo que um livro sobre sua vida também já foi lançado que conta outras histórias de viagens do “quase” doutor que sonhava com um mundo mais humano, foi assim que gostei deste homem/sonhador.
João Pedro Zappa, o Gabriel, Caroline Abras, Cristina, se cruzam na África, depois de meses que Gabriel viaja sozinho pelo mundo. Tirou um ano sabático, antes de iniciar o curso de doutorado em uma prestigiosa universidade americana. Passaram juntos alguns dias na África vivendo como Africanos e não como turistas. Em uma passagem do filme, Gabriel declama uma poesia de Mario Quintana para a namorada, ao lado de uma cachoeira que ilumina a mensagem da poesia:
“Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios…
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida – a verdadeira –
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém – ao voltar a si da vida –
acaso lhes indaga que horas são…”
O diretor era amigo pessoal de Gabriel, e esta poesia representa o quanto ele, o Gabriel, adorava viver
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