Ninguém é normal: como a cultura criou estigma da doença mental. Esse o novo livro (ainda sem tradução para o português) do antropólogo Roy Richard Grinker. Conheci o autor pelo último livro que publicou no Brasil “Autismo – um mundo obscuro e conturbado”, e a partir daí seus escritos me seduzem. A história social da doença mental é um dos focos do autor, principalmente pelos problemas familiares que herdou ou tem que conviver, pois tem uma filha autista (TEA).
Este último lançamento trata dos estigmas da doença mental, “qual é a sua história e por que ela permanece tão profundamente arraigada?” Como diz o autor, os rótulos como “louco”, “pobre”, “selvagem”, servem para marcar e isolar as pessoas que os poderosos e os privilegiados prefeririam não ver e de cujo trabalho não poderiam lucrar.
Suas argumentações seguem as propostas de Michel Foucault, acrescentadas das vivências pessoais e dos estudos acadêmicos, principalmente quando o tema principal “estigma” oferece o caminho de constelações de crenças que são distintamente ocidentais e judaico-cristãs.
Fonte: alias.estadao.com.br
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