Grimag

  • HOME
  • Sobre
  • Informações
  • Saúde
  • Livros / Poemas
  • Esportes
  • Notícias
  • Contato

Um significado insignificante

Ontem, isso mesmo, terça de carnaval, abri uma palestra precisando fugir do assunto principal e me arrisquei em “desdobramentos da realidade.” Havia um clima em sala – aula remota – de melancolia e expectativa, os alunos aguardavam o “novo.”

Comentei, sobre o assunto proposto, que a realidade objetiva é que norteia a nossa vida, mesmo que alguns discordem das provas. Entre outros exemplos, disse que, se a ciência já provou que a cloroquina não serve para prevenir a Covid, por que alguns insistem se há um objeto de estudo pesquisado?

Há também a realidade subjetiva, que é perpassada pelos nossos sentimentos, crenças e criação. Usando o exemplo anterior, pessoas acreditam na cloroquina pelo fato de que próximos se “recuperaram” da covid usando o tal medicamento. Sem entrar na tese do certo/errado, a subjetividade também é necessário para a vida, desde que sejamos reflexivos com as nossas decisões. Concluí para os alunos: “se formos viver na subjetividade, viveremos como clones, é isso que preferem da vida?”

Mas o “novo” nesta minha fala, é que existe um terceiro nível de realidade: o intersubjetivo. “As entidades intersubjetivas dependem da comunicação entre humanos, e não das crenças e dos sentimentos de humanos individualmente.” Me explico. Somos moldados culturalmente por uma rede de histórias, estas, podem nos levar a pensar que algo que está acontecendo em minha volta ou na minha vida é muito importante e real. Por exemplo, casar-se! Hoje menos, mas em gerações anteriores casar era o destino do todos e todas. Quem não se casava “algo de errado tinha.” O sentimento do casamento era tão profundo, que não se pensava em viver diferente do matrimônio. E a geração atual, o que pensa do casamento? Será que eles dão importância para esse ritual social? Lógico que não, o que era significativo para uma geração, hoje deixa de ser. Lembre-se que as “pessoas reforçam constante e reciprocamente suas crenças, num ciclo que se autoperpetua.” Chega um momento que não temos mais opção a não ser acreditar naquilo em que todos acreditam.

Realidade intersujetiva, é difícil, mas vivemos com ela.

fev 17, 2021Carlos Mosquera
Se as mulheres escolhessem homens que amam gatos, tudo seria diferenteDiabetes

Deixe um comentário Cancelar resposta

Carlos Mosquera
17 de fevereiro de 2021 Uncategorized
Posts recentes
  • Em algum lugar 21 de maio de 2025
  • Behaviorismo e Autismo 20 de maio de 2025
  • Projeto quer direitos das pessoas com deficiência em um só código 19 de maio de 2025

Categorias

DEVANEIOS E ILUSÕES

Lembranças que podem nos ajudar a pensar em uma Escola mais plural e inclusiva.

Em Destaque
Game of Thrones
Filme do Oscar mostra que quanto mais diversa a vida, mais amplas são as escolhas
Síndrome de Hermansky-Pudlak
Arquivos
Cadastre seu E-mail

Inscreva-se para receber as últimas novidades e publicações da página.

2019 © Carlos Mosquera