Todo mundo se pergunta “será que depois da pandemia as cidades vão mudar?” O que você acha meu amigo/a? Não sou profeta, por isso tenho dúvida. Temo pela aglomeração, principalmente nas compras. Assim, o temor não são as compras, são as cidades.
Sabe-se desde as primeiras civilizações que os processos de civilização decorrem do capital financeiro. Nesse momento do confinamento, as cidades estão desconfiguradas. Há uma crise segundo os capitalistas, o sistema pode falir. Mas é nesse momento que a crise política pode se organizar. Depois de qualquer crise, a urbanização e a metrópole são os pontos de “confronto.” Será possível, depois da crise, tornar as cidades mais “habitáveis?”
Com dinheiro ou sem dinheiro, como nos avisa David Harvey, quem tem o direito à cidade? “Quem comanda a relação entre a urbanização e a produção do lucro? Como em todas cidades que sofreram com guerras, pandemias e desempregos, os “excluídos” foram obrigados a vender suas casas para residir em bairros mais afastados, longe de qualquer convivência em grupos. As cidades se estabeleceram com os mais possuídos no centro da urbanização.
“A democratização desse direito, e a construção de um amplo movimento social para fazer valer a sua vontade são imperativas para que os despossuídos possam retomar o controle que por tanto tempo lhes foi negado e instituir novas formas de urbanização.
Escrevo isso porque as eleições municipais estão próximas e ninguém está discutindo o destino da nossa (s) cidade (s). Estamos perdendo mais uma oportunidade para organizar a nossa cidade e torná-la mais humana e acolhedora.
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