
“Sou jornalista, especialista em ideias gerais. Sei alguns minutos de muitos assuntos. E não sei nada.”
Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Devemos a Graham Bell o fato de estarmos em qualquer lugar do mundo e alguém poder nos chatear por telefone.
Eu escrevo todo dia, por compulsão. Mas agora, aos 70 anos, uma das perguntas que mais me intrigam é o que eu vou ser quando crescer.
Há em mim um velho que não sou eu.
Por Otto Larena Resende
Deixe um comentário