Você já entrou em um museu em uma cidade ou país que não seja o seu e pela observação de alguma obra, sentiu-se abalado emocionalmente pelo que viu? Essa sensação tem nome, Síndrome de Stendhal. Os sintomas são claros? Taquicardia, alucinações, vertigens, confusão mental ou mesmo um apaixonamento pela obra de arte. Sim, estudos relatam que a Síndrome de Stendhal pode ser mais comum do que imaginamos. Não confundir com a sensação de beleza e harmonia que ocorre geralmente quando vemos uma obra de arte extraordinária.
O escritor francês Stendhal, pseudônimo de Henri-Marie Beyle (1783-1842), ficou tão impressionado com a Basílica de Santa Cruz, em Florença, que teve alucinações e passou mal. Ficou tão impressionado que imediatamente começou a divulgar o que sentia quando olhava para uma obra encantadora. “Cheguei ao ponto em que uma pessoa enfrenta sensações celestiais… Tudo falava tão vividamente à minha alma… Ah, se eu tão-somente pudesse esquecer. Eu senti palpitações no coração, o que em Berlim chamam de ‘nervos’. A vida foi sugada de mim. Eu caminhava com medo de cair.”
Desde Stendhal, centenas de visitantes declaram sentir os mesmos sintomas. Mas a síndrome só foi descrita cientificamente em 1979, pela psiquiatra e psicanalista italiana Graziella Magherini, autora do livro La Sindrome di Stendhal. Il malessere del viaggiatore di fronte alla grandezza dell’arte (A Síndrome de Stendhal: o Mal-Estar do Viajante Diante da Grandeza da Arte, em tradução livre).
Então, já sabe, se em algum momento sentir palpitações e alucinações ao ver uma obra de arte, busque um médico. A Síndrome é com obras de arte e não ao encontrar pessoas, isso é outra coisa.
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