Para as gerações mais jovens, talvez as palavras do título da postagem não assustem tanto o parceiro amoroso, mesmo assim, “eu te amo” pode resultar em ansiedade. Para não ficar no achismo, alguns estudos apontam que o simples fato de expressar “eu te amo” já provoca o medo da não reciprocidade (The Social Psychology of Attraction and Romantic Relationships” das médicas Madeleine A. Fugère, Jennifer P. Leszczynski e Alita J. Cousins.). Mas a questão é saber se as pessoas que dizem eu te amo, sabem de que amor estão prometendo. Generaliza-se um conceito e assim somos envolvidos sentimentalmente. Mesmo que a resposta do “eu te amo” seja difícil, o sentimento é mais fácil declarar.
O culpado foi Ovídio (I d.C.), de lá para cá, poucos conceitos mudaram, diferentemente das razões que despertam esse sentimento. Conhecer alguns exemplos de prática do amor podem ajudar a refazer a pergunta “eu te amo”.
O amor sensual, Eros, o que era comum no mundo grego. Amor na amizade, Filia, um sentimento que transborda para todos os cantos; amor familiar, Storge e o amor divino, Ágape. Ovídio, como Freud, “abordou o problema do amor subordinando-o ao uso dos prazeres e constrastando-o com o domínio da morte (Thánatos).
Como já não se escuta mais “eu te amo” – sim, ainda devem falar, mas, em voz baixa – Eros é o amor que aparece primeiro, desejo e gozo, o que muitos procuram. Amor e sexo, juntos, nem sempre inseparáveis, podem se desdobrar em qualidade de relacionamento.
Por isso que dizem que o “amor é a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana”.
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