O título da postagem é o título de uma matéria de ontem (26\03) no El País. “Dos estudios indican que la cantidad, calidad y la regularidad del sueño influyen sobre el posible desarrollo de enfermedades neurodegenerativas”, é o subtítulo.
São poucas pessoas que conheço que dormem bem regularmente, não estou entre elas. A cada cinco noites, uma passo me debatendo com os lençóis e a raiva de não dormir. Os motivos que escuto, sobre a insônia, são variados, vão desde a ansiedade, depressão e estresse – o que é descrito na literatura. Não importa se a insônia seja um sintoma ou em alguns casos a doença, a questão principal a ser discutida é…. tratar o transtorno sem remédio.
Voltemos a matéria do ElPaís. Os estudos relatados na matéria apontam que a falta do sono sistemático, prolongado com o tempo, produz um efeito acumulativo. A neurociência tem demonstrado, com evidências claras, que dormir pouco como norma – durante anos ou décadas – aumenta o risco de transtornos cognitivos em idades avançadas. Estas informações creio que são bem conhecidas, entretanto, informações sobre a “perda” do sono e sistema glinfático, já não é tão conhecido assim.
O termo “Sistema Glinfático (SG)” foi divulgado pela dinamarquesa Maiken Nedergaard em 2012: “Atua como uma rede de vasos que elimina resíduos do sistema nervoso central (SNC), principalmente das proteínas fibrilares relacionadas ao Alzheimer, da demência frontotemporal e do Parkinson.” O SG é responsável pela limpeza cerebral, que se ativa principalmente durante a fase 3 do sono REM, quando se produz um sono profundo de ondas lentas. Para Mayos (médica da Federação Espanhola da Sociedade de Medicina do Sono), o sono como pilar da saúde tem a mesma importância que a nutrição e a atividade física.
Infelizmente ainda vivemos impregnados com os conceitos que dormir pouco significa maior produtividade, pessoas mais ativas e que dormir pouco, pouco importa. Como dizem os especialistas do sono, está na hora de virar esta chave, de valorizarmos cada segundo que passamos dormindo. Indiscutivelmente a pergunta é; como dormir melhor sem tomar remédios? Algumas regras já sabemos, as básicas, antes do sono – desligar o celular e a TV, não comer antes de dormir etc. etc. etc.-, agora, enquanto o sono não chega, como alcançar o sono desejado?
Acho que não existe uma regra universal, cada pessoa precisa encontrar o seu “protocolo”, de forma que, buscar alternativas diariamente – nos dias de insônia -, pode ser uma descoberta. Esvaziar a mente e acalmar o coração, não deixa de ser a regra principal. O resto é autoajuda.
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