Este é o título da coluna de Leila Guerriero de hoje no El Pais, que me chamou atenção mais que o assunto principal. Para muitos, como eu, esta época do ano é simbólica, não pelos presentes, mas pela vida mesmo. O assunto da colunista é seguir adiante na vida, igual quando estamos correndo, mesmo em lugares desconhecidos.”Correr es a veces una forma de huir hacia adelante, y adelante puede haber cualquier cosa: el mar o la noche oscura.”
Tenho o costume de pedalar pela cidade nos dias 24 e 31 de dezembro, sempre no final de tarde. Aquele horário em que todos e todas estão se preparando para as festas. Não sei explicar o motivo, para quem me pergunta, respondo que a cidade se transforma; solitários atrás de um convite, cidade vazia ainda, pessoas atrasadas para seus compromissos, fechamento das lojas e funcionários embarcando nos ônibus e, lógico, paro para tomar uma cerveja e escutar histórias de pessoas incríveis, por opção ou não, estão sozinhas. Mais um recorte da coluna da Leila para complementar meus passeios de bike “Quizás esto, del Tao te king: “Por eso dice el sabio: gobernar/ es saber asumir el desgobierno;/ y el poder es lidiar con la impotencia”. Y también este fragmento: “¿Por qué se ensaña el cielo? Nadie sabe”. No hay que buscar respuestas. Sólo hay que aventurarse y seguir.”
Não atrapalha meu natal e ano novo, nem às pessoas que me esperam para as festas, mas ganho mais um momento de reflexão, mesmo que outro dia pense diferente, o que fica é o desejo de “aventurarse y seguir.”
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