“Ganhei paz quando entendi que qualquer coisa que está fora do meu controle, deve também ficar fora da minha mente”. Como qualquer mortal, recebo muitas mensagens diariamente como essa que anunciei. Por algum motivo, fiquei mais tempo olhando e pensando sobre a mensagem. Não descobri ainda o motivo. As palavras soltas deram outro sentido para mim: ganhei (ou perdi?), controle (ou descontrole?), mente (ou corpo?), enfim, um clichê que faz mover.
Uma reflexão mais filosófica, nos faz acreditar que poucas coisas estão sob controle, e nada fica fora da mente. Consciente ou inconsciente, convivemos com as “coisas”, como um grude, se manifestam como dores crônicas, sempre e permanente. Carregamos essas “coisas” por diversas razões, mas nem uma delas racionalmente lógicas. Aquilo que hoje parece ser “normal”, amanhã pode transparecer loucura. Em outras palavras, somos ambulantes de “coisas.” Acumuladores! E tudo sem explicação. Coisas: medo, ódio, culpa, fanatismo, alergias, dores, insônia, inveja, euforia, tristeza, insegurança, sonhos, esquecimento…Esse é o humano, sem explicação e acumulador. Por que é tão difícil largar o peso durante a viagem?
Yuval Harari nos da uma pista “O ceticismo em relação a uma existência pós-vida impele o gênero humano a buscar a imortalidade e igualmente a felicidade terrena.”
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