Pouca gente ouviu o nome Temple Grandin, nem mesmo os veterinários e psicólogos. A referência é por causa da formação de Grandin. Estudou e revolucionou o tratamento racional de animais vivos em fazendas e abatedouros. Hoje é doutora e professora da Universidade do Colorado. Nasceu em 1947, nos EUA, e talvez por isso, segundo Temple, conseguiu se desenvolver além do que a sociedade esperava. Temple Grandin teve um diagnóstico, ainda muito jovem, de autismo.
O filme da HBO, Temple Grandin, baseado em sua vida, recebeu sete Emmys, incluindo os de melhor filme para TV e de melhor atriz para Claire Danes, que também ganhou o Globo de Ouro ao interpretar Grandin. O escritor e neurologista Oliver Sacks, quando publica Um antropólogo em Marte, alavanca Grandin para uma fama mundial, mesmo que muitos ainda não a conheçam.
Entre outros livros, Grandin escreve junto com Richard Panek, O Cérebro Autista, que uso frequentemente nas minhas aulas, uma linguagem fluída e esclarecedora. “De forma animadora, argumenta que a educação de crianças autistas não deve centrar-se apenas em suas fraquezas, uma vez que os estudos revelam que elas têm pontos fortes por muito tempo ignorados, o que multiplica as formas de aproveitar suas contribuições únicas.”
Essa mulher, professora, escritora e símbolo de grandes transformações, pode servir como exemplo de conscientização do autismo, nesse mês que mais pessoas precisam conhecer uma outra forma de vida.
Em tempo: O nome correto é Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Deixe um comentário