“Covarde sei que me podem chamar/ Porque não calo no peito essa dor/ Atire a primeira pedra, ai, ai, ai/ Aquele que não sofreu por amor…”, de Ataulpho Alves e Mario Lago, para o Carnaval de 1944. “Trabalho como um louco/ Mas ganho muito pouco/ Por isso eu vivo/ Sempre atrapalhado// Fazendo faxina/ Comendo no china/ Tá faltando um zero/ No meu ordenado…”, de Ary Barroso e Benedito Lacerda, 1945.
“Sapato de pobre é tamanco/ Almoço de pobre é café, é café!/ Maltrata o corpo como quê, porque/ O pobre vive de teimoso que é…”, de Luiz Antonio e Jota Junior, 1951. “Lata d’água na cabeça/ Lá vai Maria, lá vai Maria/ Sobe o morro, não se cansa/ Pela mão leva criança/ Lá vai Maria…”, também deles, 1962. E, do mesmo Luiz Antonio, mestre dos sambas dolentes e sensuais: “Quero morrer no Carnaval/ Na avenida Central/ Sambando/ O povo na rua cantando/ O derradeiro samba/ Que eu fizer chorando…”, em parceria com Eurico Campos, 1961.
Fonte: Rui Castro (FSP 19/02/23)
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