O isolamento social e o sentimento de solidão vêm crescendo na nossa sociedade. É fácil perceber o quanto a sociedade se isola. Os motivos são conhecidos: perda do cônjuge, separação, distanciamento de laços íntimos, desinteresse da interação social, doença e o restante. Para muitos isso já é uma pandemia.
Estudos já estão sendo publicados para demonstrar as consequências desse isolamento, infelizmente, já sabemos das consequências. Isso não significa que estar rodeado de amigos ou viver com alguém não demonstre esses traços de solidão, diferente de solitude.
“(…) As pessoas com menos conexões sociais têm perturbações do padrão de sono, sistema imunológico alterado, maior incidência de inflamação e nível mais alto de hormônios do estresse. Em um estudo de 2016 verificou-se que o isolamento aumenta em 29% o risco de doença cardíaca e em 32% o de AVC. Outra análise que reuniu dados de 70 estudos e 3,4 milhões de pessoas constatou que os indivíduos que em geral ficavam sozinhos tinham risco 30% mais alto de morrer nos sete anos seguintes e que esse efeito era maior na meia-idade (abaixo dos 65 anos).
Foi demonstrado que a solidão, especificamente, acelera o declínio cognitivo em adultos mais velhos. Aparentemente, a socialização de alta qualidade é semelhante a um sinal vital (…).
Por Sanjay Gupta do livro Mente Afiada (pg. 208)
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