Aproveitar a vida ou o momento, como o Carp Dien, é a grande experiência dos novos tempos (ou velhos), influenciados pelos desesperos da existência. Sem perceber, continuamos com dificuldades de entender o presente, este mesmo momento que influencia o futuro. Algumas hipóteses desta urgência do momento presente, são explicadas pelo marshmallow.
A experiência acadêmica foi do psicólogo Walter Mischel, de Stanford nos anos de 1960, desenvolveu o “teste do marshmallow” para estudar a postergação de recompensa. Mostra-se um marshmallow a uma criança e o pesquisador diz: “Vou deixar a sala por um instante, você pode comer o marshmallow depois que eu sair. Mas se quiser esperar e não comer até eu voltar, vou lhe dar um a mais.” (veja no youtube)
Nem preciso aqui descrever o resultado da pesquisa de Mischel, apenas comentar o como sofremos desde muito jovem. Não se sabe muito bem a raiz desses sofrimentos, sofremos! No caso das crianças da experiência, seria muito mais fácil comer e se deliciar ou, não olhar para o doce, postergar o gozo e pensar em outras coisas. Mas não, como nos adultos, olhamos para o presente – para o doce – e não sabemos o que fazer, passamos a língua, sentimos o prazer, no caso do doce, mas não gozamos, como nos adultos. Deixamos para outro momento, e assim, o presente não é degustado, como no marshmallow, e sofremos pela impotência. Isso não significa que o doce – o presente – precisa ser devorado, ao contrário, pode ser postergado, perfeitamente válido – gozo outro dia – desde que consentido consigo mesmo.
Apesar destes tempos de existência reduzida, a vida ainda nos oferece marshmallow, basta prestar atenção.
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