E se o João Paulo Diniz depois dos exames que detectaram uma patologia cardíaca parasse de praticar atividades físicas, estaria ainda vivo? Alguns me perguntaram sobre a cardiomiopatia hipertrófica em atletas e respondi como em outros casos, igual ao do João; muitos atletas com este tipo de lesão cardíaca continuam vivos. O corpo humano não é uma bula de remédio, ele é dinâmico, vivo, imperfeito. A complexidade de valores culturais, ambientais e de crenças, determinam as nossas decisões para os problemas que enfrentamos em nosso caminho.
Para ser mais direto – mais do que isso não posso ser porque as informações sobre o caso são jornalísticas – depois de um diagnóstico médico que impeça um atleta a não se exercitar mais, vai além de uma resposta simplista. O passado é revisado, o futuro, imaginado, a decisão acaba sendo solitária e doída, mas sempre assumida.
Depois de processado, tudo vira história, nem os melhores médicos puderam resolver o caso, a fisiologia do exercício não acalenta, é a história do homem que vinga. Por isso algumas pessoas depois de um diagnóstico médico tornam-se pacientes outras protagonistas da sua própria história.
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