Falar ou escrever sobre os prazeres e hormônios da felicidade na corrida é fácil o difícil é explicar o que acontece com o cérebro nos primeiros minutos de corrida. Não precisa ser um atleta, qualquer um que se aventura em uma corrida sabe que divagamos, brigamos, confabulamos, omitimos, discutimos, martirizamos, mentimos, sofremos….nos primeiros quilômetros. Para uma maioria, este período tétrico pode demorar pouco, para outros, como eu, demora muito.
Adaptação para o esforço, regulação do metabolismo, aquecimento, enfim, tudo isso junto requer muita força de vontade para correr. Este é apenas um dos motivos que implicam no baixo número de pessoas que treinam corrida por mais de três anos seguidos.
Corremos porque sabemos que após este “aquecimento cerebral” os músculos se transformam numa usina de secreção de hormônios da euforia e do prazer. É nesse momento que percebemos as vantagens da corrida.
Pouca gente sabe, apesar que o tema ja tenha sido publicado em Revistas Científicas – Cell Metabolism, estudo Canadense – que o hormônio Leptina, secretado pelo tecido adiposo e que controla a nossa saciedade, também pode interferir na inibição da produção da dopamina, que é o responsável pela sensação de recompensa. Quando os níveis de leptina são baixos, mais dopaminas são secretadas durante a corrida, associados aos bem-vindos serotonina e adrenalina.
Como estes hormônios permanecem na circulação por muito tempo, a sensação pós corrida é de um “barato”, isso mesmo, contagiante. Quando se sente esse “barato” correndo, a busca de outras sensações iguais é viciante.
Então já sabe, quando o cérebro começar a sabotar a corrida, procure ignorá-lo e aperfeiçoe sua força de vontade.
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