O curitibano Joel Kriger, 68, é a personagem da vez. Já era conhecido no meio da natação, pelo menos nos masters, agora como montanhista. Escalar o Everest é para pouquíssimos, agora, escalar as 7 montanhas mais altas, é raríssimo. Percebam que até o momento não me referi à idade do Joel e sua façanha, não porque ele não goste dessa associação, continuo achando que o mérito é outro. Me explico!
Marumbi (no Paraná) foi a montanha mais alta que escalei, então, não sou referência para explicar nada, assim mesmo arrisco. Pelo histórico do Joel, não como montanhista, mas como atleta de natação, além das braçadas em mundiais de piscina, já tentou atravessar o Canal da Mancha (em Francês La Manche, a Manga) uma vez. Por muito pouco não completou a travessia. Promete voltar ao mar no próximo ano, para terminar o que planejou.
Sei bem que treinar natação não condiciona para subir montanhas, entretanto, passar muitas horas nadando – Kriger começa o treino as 3h30 da manhã – solitário e com objetivos, prepara o mais importante para escalar montanhas no gelo, a cabeça. Isso mesmo, condicionar-se fisicamente é o mais fácil, agora, preparar-se emocionalmente para enfrentar o frio, fome, cansaço, morte e o desespero de chegar, é para uma minoria. Talvez aí o mérito, e não pela idade. Pessoas mais velhas já alcançaram o cume, certamente com a mesma vontade de Joel.
O exemplo atende não apenas às montanhas, mas qualquer esporte de resistência, como também, resistir às mazelas da vida. Para poucos!
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