Fazemos tantas coisas na vida e nem sabemos muito bem às razões. Outras, fazemos para proporcionar recompensas – nosso sistema dopaminérgico busca recompensas. Eis aí o inconsciente (Freud deve estar rolando de alegria agora), buscando permanentemente razões para superar as rotinas frias do nosso cotidiano.
Funciona assim: os estímulos prazerosos ativam neurônios do tegmento, precipitando a liberação de dopamina. Drogas e álcool todos sabem que estimulam as áreas do prazer. Mas desconhecemos que para alguns o trabalho, esporte, companhias, viagens, sexo, comida, música e tantas outras atividades também podem provocar a liberação da dopamina.
Por outro lado, o cérebro pode ser “traiçoeiro”, por exemplo, se a liberação tegmental de dopamina é bloqueada, os estímulos recompensadores se tornam aversivos, e aí, tudo acaba muito chato. Outro detalhe, o estresse crônico e a dor consomem dopamina e diminuem a sensibilidade dos neurônios dopaminérgicos à estimulação, produzindo um dos principais sintomas de depressão: ANEDONIA, ou incapacidade de sentir prazer.
Escutar música em momentos depressivos, exercitar-se com dor, uso exagerado de drogas, comida em excesso, enfim, muitas condições da vida que poderiam ser prazerosas, acabam sendo brochantes. Anedonia é a consequência disso.
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