Hoje foi noticiado o acidente (ocorreu ontem, 24/01) do ciclista Colombiano Egan Bernal, entre outros títulos, o tour de France de 2019. Segundo a imprensa esportiva, o atleta já passou por várias cirurgias (fratura do fêmur) e uma neurocirurgia. O atleta, durante um treino em Bogotá, bateu na traseira de um ônibus. O pronto atendimento foi a salvação do ciclista.
Tenho um poster deste atleta na minha casa, a foto de campeão do Tour de France. Na época com 23 anos. Esse rapaz começou a aparecer para o mundo ainda muito jovem, quando foi campeão panamericano de montain bike. De lá para cá só foi um sucesso.
O esporte nos apresenta uma realidade muito distinta, seja amador ou profissional. O que muda apenas é a intensidade do desejo. Estes ciclistas profissionais que rodam provas o ano todo, precisam treinar em suas capacidades submáximas, em alguns treinos, chegam ao esgotamento. O rendimento de uma elite de atletas é proporcional ao tamanho do patrocinador, da equipe e do desejo do atleta.
Nosso cérebro também pode explicar o acidente de Bernal. Nossas amígdalas funcionam como um “freio” para os nossos desejos mais difíceis. O medo é a resposta enviada pela amígdala. Esta área cerebral nos torna sociais e colabora com a nossa sobrevivência. Quantidade e qualidade de treinos moldam as amígdalas para tornar os treinos e competições mais arriscados. Em treinos de alta performance (os amadores sentem isso em proporções menores), o córtex frontal “orienta” o atleta para o máximo, já que o “freio” está acostumado com estas “aventuras”. Estes (os atletas), condicionam os treinos sem muitas barreiras, por isso mesmo não é de se espantar que um ciclista em algum momento possa se chocar com a traseira de um carro.
Não precisamos ir muito longe, quase todos os sábados, na Br 277 vejo ciclistas pedalando a 40km/45km por hora na rabeira de caminhão para pegar vácuo. O que ganha uma pessoa desta fazendo isso? Dopamina!
O cérebro pode explicar muita coisa
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