“A história do envelhecimento é a história de nossas partes constitutivas. Pense nos dentes. A substância mais resistente no corpo humano é o esmalte branco dos dentes. com a idade, contudo, ele vai se desgastando, tornando visíveis as camadas mais escuras e frágeis que há sob ele. Ao mesmo tempo, o suprimento de sangue à polpa e às raízes dos dentes se atrofia e o fluxo da saliva diminui; as gengivas tendem a se inflamar e a se retrair dos dentes, expondo-lhes a base, deixando-os instáveis e alongado sua aparência, especialmente os de baixo. Especialistas afirmam poder avaliar a idade de uma pessoa, com uma margem de erro de apenas cinco anos, a partir do exame de um único dente – se a pessoa ainda tiver algum sobrando para ser examinado.” (…) Aos sessenta anos, as pessoas em países industrializados como os Estados Unidos já perderam, em média, um terço de seus dentes. Após os 85, quase 40% delas já não tem mais nenhum dente.
(…) A mão possui 29 articulações, cada uma das quais está sujeita à destruição pela osteoartrite, que confere às superfícies das articulações uma aparência irregular, desgastada. O espaço da articulação desparece. é possível ver os ossos se tocando. o que a pessoa sente é inchaço, em torno das articulações, uma redução na amplitude do movimento do pulso, menor firmeza ao segurar os objetos e dor (…)
**Do livro MORTAIS – Atul Gawande (Ojetiva)
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